sábado, 27 de novembro de 2010

Sábado branco

Amanheceu tudo branquinho hoje. Fiz até um vídeozinho incrivelmente tosco sobre o acontecimento, que segue abaixo. O dia está cheio de variações: momentos de sol, momentos de neve caindo, momentos de vento soprando forte... clássico de Montreal.
Fui no WalMart pela manhã e arrisquei um caminho novo, pegando o ônibus 37. Andei por áreas até então por mim desconhecidas como o trecho Verdun-Jolicoeur que chega por trás em Angrignon. Bem bonito, cheio de casinhas com fachada em clapboard, que adoro. E é uma região cheia de russos e poloneses, pelo que vi em placas, igrejas e pelos traços de algumas pessoas que entraram no ônibus. Na volta peguei o metrô, e fui brindada com a presença de 4 elegantes senhoras de idade das quais eu não conseguia tirar os olhos. Tão lindas, tão familiares... quando elas começaram a conversar tive a explicação e meu encantamento dobrou: elas falavam russo. Que som gostoso tem esta língua!
Agora vamos voltar ao trabalho que a coisa não é fácil não...

domingo, 31 de outubro de 2010

Já nevou!

Ainda estamos em outubro, em pleno outono teórico, mas... sim, nevou ontem à noite!
O outono aqui em Montreal é normalmente curto, por conta da temperatura que cai bem depressa nesta época, e tudo indica que este ano teremos um inverno daqueles. É aguardar para conferir.
Por agora várias árvores já estão com carinha de inverno, tendo perdido todas as suas folhas.
Setembro a outubro abaixo:


Outono2010

domingo, 17 de outubro de 2010

Outono em Nova York

Eu não assisti a este filme, mas tive meu pedaço de outono em Nova York há alguns fins de semana atrás.
Conheci apenas Manhattan, e menina... aquilo é grande! E muito, muito movimentado. Milhares de pessoas, entre habitantes locais e turistas, num mar sem fim de agitação e taxis cor de laranja. Falando em taxi, experimentei do melhor ao pior: do negão consciencioso e ultra simpático ao motorista caladão e desonesto vindo do Oriente Médio .
Chegamos no dia em que o Presidente dos Estados Unidos (sim, o próprio! Barack Obama) estava fazendo uma conferência com mais um punhado de gente bam-bam-bam (e bum-bum-bum! também - o Ahmadinejad estava lá!) no prédio das Nações Unidas, por um feliz acaso ao lado do finérrimo hotel em que ficamos hospedados, o Millenium Plaza United Nations Hotel.
Não sei se você reparou acima, mas resolvi deixar este post chique e as palavras-chave podem ser clicadas e direcionadas para sites explicativos e/ou originais e/ou puramente absurdos e divertidos.
Voltando ao assunto... Então, Obama estava lá. E junto com ele toneladas de policiais, cães farejadores e agentes do FBI, com direito a montes de ruas fechadas ao trânsito e necessidade de inspeção dos transeuntes. Muuuuuito legal!! Quem me conhece sabe o quanto eu adoro filmes, seriados, comerciais e até panfletos impressos em papel de enrolar pão que tenham investigação policial/FBI.
Estou um pouco distraída hoje, vamos tentar voltar ao assunto novamente... A chegada em NY foi portanto bem emocionante. As compras por lá também (Macy's, Saks, Filene's, etc). De locais, amei o Metropolitan Museum of Art , a Times Square, o Central Park, Wall Street e o sermão do Rev. Dr. James Cooper na Trinity Church (que aliás podem ser assitidos online em retrospectiva no site da Igreja, no item Worship Webcasts). A igreja é muito bonita, e nossa, o cara sabe fazer um sermão atual, cativante e cristão. Não é aquela coisa chata de alguém ficar lendo algo totalmente monótono que você presta atenção apenas durante os 3 minutos iniciais da leitura. O trecho bíblico em questão no dia em que visitei este lugar incrível foi a respeito de uma das minhas parábolas favoritas: a de Lázaro que comia as migalhas que caíam da mesa do homem rico. O cara (o Reverendo) fez um bate-papo, com referências bíblicas + política, economia, televisão (ele citou o seriado Law and Order num contexto divertido e inteligente)... Enfim, não foi a primeira vez que assiti uma missa excelente nos Estados Unidos. Os cristãos sérios do Brasil têm muito o que aprender... Sinto muita falta de ir a algum lugar assim, que infelizmente ainda não encontrei aqui em Montreal. A maioria dos serviços religiosos aqui são em francês. Tomara que não demore para eu encontrar alguma coisa em inglês. Pode ser de qualquer religião, nem estou sendo exigente hehehehe...
Voltando a viagem para NY (de novo!). Acho que o melhor é dar um pouco mais de detalhes com as fotos. É só clicar no álbum.
Adoro os States! Mas não moraria em Nova York.

NY2010

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Banco bobo e feio

Não gosto mais do Royal Bank of Canada.
Fui pedir cartão de crédito para eles e eles disseram "não".
Entre os motivos (leia-se = desculpas esfarrapadas) eles citaram: você não é canadense e pode ir embora deixando contas a pagar a qualquer minuto; você é brasileira e o Brasil não está na lista de países confiáveis; você é estudante (subentenda-se = pobre).
Fiquei "p" da vida pois meu amigo Luciano, que também é tudo isso acima como eu (mas tem conta no Banque de Montréal), TEM cartão.
Em resumo:

p.s.: viva o Banco do Brasil!

sábado, 21 de agosto de 2010

Coisas que eu adoro e não adoro de jeito nenhum em Montreal

Vamos começar com as coisas boas... Acho que a maioria tem a ver com comida, como legítima apreciadora da boa mesa (e de porcarias também).

  • Häagen Dazs (sabor Dulce de Leche). Sim, também tem no Brasil, mas aqui custa 5 dólares, e no Brasil quase 20 reais, ou seja, aqui posso me jogar de cabeça e sem dor no bolso.
  • Bagels quentinhos com cream cheese... Por aqui são muito famosos os da Fairmont, e os da St. Viateur.
  • Yogurte de blueberry; geléia de blueberry; tudo de blueberry.
  • Panquecas doces com mapple syrup.


  • Restaurantes no shopping com enorme variedade, grandes porções e bons preços, como por exemplo um prato excelente de origem grega chamado Souvlaki.


  • Claro que não poderia deixar de citar o Poutine! O tradicional é uma porção de batata frita cheia de um queijo branco suave coberta com molho parecido com o madeira. As versões mais elaboradas, que eu prefiro, normalmente tem também carnes diversas. Uma maravilha!


  • Saindo do tópico comida, o transporte público aqui é muito bom.
  • Outra coisa é a segurança; acho mais seguro caminhar por aqui do que por Ribeirão Preto.
  • Há vários parques lindo por aqui, mas um dos mais imperdíveis é o Parc Mont Royal. Conheci-o no inverno, e agora no verão assustei-me com a inacreditável diferença. Absolutamente tudo o que era branco tornou-se verde. Muito bonito! Espero registrá-lo este ano também no outono (que ano passado praticamente não existiu, de tão rápida a transição entre calor e frio).

  • O trabalho. Apesar do clima de concorrência fortíssimo e da alta exigência, é bom estar num lugar onde tenho oportunidade de trabalhar com coisas que mal existem no Brasil.
  • O verão e o outono.

Agora o que é duro de aguentar:

  • Fins de semana. Porque tenho que inventar o que fazer, e ficar absolutamente sozinha o tempo todo não é tão fácil. Normalmente acabo trabalhando, lendo ou vendo seriados no computador. Ou indo a algum supermercado ou shopping. Ou caminhando em algum parque. Ainda não tive disposição para ir conhecer os pontos turísticos da cidade.
  • Os quebecois. Eles são grossos, mal-humorados, não respondem a sorrisos, normalmente só falam francês e te olham com desprezo se você fala em inglês. O restante da população local, como muçulmanos, judeus ortodoxos, indianos e orientais não se mistura muito, e entre eles parecem felizes e conversam em suas próprias línguas. Ao passar por eles sinto-me como uma criatura completamente invisível. Talvez seja apenas o jeito de ser das pessoas... Eu provavelmente estou me sentindo apenas solitária e com "Síndrome do Estrangeiro" ou algo parecido.
  • O inverno. Claro que eu adoro neve, mas passar meses abaixo de zero e com a noite caindo as 3 da tarde não é fácil. Principalmente quando o "abaixo de zero" significa de menos 20 pra pior e com um vento lancinante.
Enfim...

sábado, 7 de agosto de 2010

Linha verde x linha laranja do metrô de Montreal

Acordei bem cedo hoje, tomei café, e após lavar e secar minhas roupas nas máquinas a base de moedas do prédio (1.50 CAD a lavagem ou secagem) fui em direção à estação de metro McGill (meguíííle, em francês). São uns 4 quarteirões de distância. A manhã estava bem fresquinha (15ºC), e com o tradicional vento insuportável de pelo menos 30 Km/h que não pára de soprar nunca nesta cidade. Sem surpresa, vi incontáveis malucos fazendo sua corrida matinal. Estes mesmos indivíduos fazem sua corrida matinal inclusive em dezembro, quando está nevando até falar chega e a temperatura máxima é de menos vinte graus. Putz... :-\
Pausa para um comentário importante: hoje não vi ninguém semi-nu pelas ruas, que é o que costuma acontecer quando a temperatura está maior que 25ºC. Meninas de todas as idades (sim, mesmo as senhoras de mais de 50 anos) colocam shortinhos, vestidinhos ou saias cujo limite de comprimento é o útero; alguns senhores colocam suas camisas temáticas "Elvis no Hawaii", todos colocam chinelos, e assim invadem o espaço público, como se estivesse mesmo calor. Não esquecer que aqui venta. Sempre. Penso que ninguém sobreviveria no Brasil...
Retomando... Peguei o metrô na McGill Station, na chamada linha verde. Clicando na foto abaixo você poderá ver a figura ampliada de forma a apreciar o nome das estações (que aprendemos a pronunciar em francês na marra, graças ao sistema de som que canta o nome das estações ao parar nelas). O sistema de metrô de Montreal é bem grande, e funciona muito bem. Em horários de pico a espera média entre um metrô e outro é de 3 minutos, e aos fins de semana, quando a frequência é menor, chega a no máximo 10 minutos de espera.


Nos pontos onde uma cor se encontra com outra, são estações nas quais você pode mudar de linha. Como eu ia ao WalMart próximo a estação Namur, fui da estação McGill até a Lionel-Goulx, passei para a linha laranja e desci na Namur.
Uma coisa que dá para notar bem rápido é que na linha laranja há pessoas menos bonitas que na verde. Talvez porque a linha laranja passe por mais bairros com menor poder aquisitivo do que os da linha verde. Não posso opinar sobre a linha azul, pois ainda não conheço essa região.
Conheço o WalMart que fica próximo a estação Angrignon e este da Namur, e posso dizer tranquilamente que o WalMart da Namur é mais feio, maior, com corredores mais estreitos, mais cheio, tem mais opções e preços ainda melhores. E nos arredores do WalMart da Namur existe um belo aglomerado de outlets, além de Wendy's, Burger King, McDonalds, Subway, etc. Ou seja é um lugar que vale a pena ir se você quer bons preços.
A região de Angrignon é bem mais agradável do ponto de vista estético, tem muitos aposentados morando por lá e frequentando o shopping homônimo local, que tem Sears e uma praça de alimentação bem sortida, além de WalMart, Canadian Tire (ótima unidade, enorme!) e Future Shop (odeio esta rede). Outro ponto bonito da área é o Parc Angrignon, abaixo:


Namur, é mais cinza, com cara de área industrial, e com uma via expressa cortando o caminho entre a estação de metrô e as áreas de compras. Um perigo atravessar a Decarie Boulevard, muita atenção aos sinais de permissão para pedestres e faixas próprias para atravessar.


De volta ao metrô, pode acontecer de algum artista estar tocando ao vivo música clássica, ou como estes que achei gravação no YouTube, tocando uma excelente música judaica. É bonito de ouvir, mas sempre fico deprimida ao me deparar com estes artistas. A maioria toca muitíssimo bem, e é triste vê-los tocando para um público as vezes indiferente, e para ganhar algumas moedas...
O sistema de transporte de Montreal é excelente, e dá gosto ver as pessoas lendo no ônibus, no metrô, nas estações... É um clima bem tranquilo, sem aquele medo de assalto ao estilo paulistano. Os trens do metrô são antigos, mas li uma reportagem que relata uma troca total para logo (data indefinida).


Caso seja preciso pegar um ônibus, fique atento aos horários, pois atrasos são raríssimos. Há muitos pontos e muitas linhas, e todas as rotas e horários estão disponíveis no site da STM (http://www.stm.info/english/a-somm.htm).


Uma coisa que acho genial aqui também é o sistema do Opus Card, um cartão magnético que você recarrega com passes válidos para a semana (de segunda a domingo, 21.50 CAD), ou para o mês (1 a 31, 70 CAD). Dentro da semana ou mês para o qual você "abasteceu" seu Opus, é possível pegar quantos ônibus ou metrôs você quiser. Fantástico! Em toda entrada de ônibus ou estação do metrô há um leitor magnético para você passar seu Opus Card e liberar sua passagem. Este cartão pode ser comprado em farmácias como a Pharmaprix ou em qualquer estação de metrô por 7 dólares canadenses, e recarregado quando necessário nestes mesmos locais.
Pois é, tem muita coisa interessante por aqui.

sábado, 31 de julho de 2010

Mudei de studio!

Finalmente saí da kitchinete horrível, escura e decadente em que passei péssimos 15 dias aqui em Montreal. Nem tirei fotos dela para não ter más recordações. Em resumo, era no andar térreo de um prédio meio antigo (digo "meio" querendo dizer possivelmente década de 50 - existem coisas incrivelmente mais antigas por aqui já que a cidade existe desde 1642, e claro a maioria em excelente estado de conservação)... retomando: o problema que mais me incomodava era o fato da janela dar direto para calçada, e bem ao lado da entrada do prédio, onde todos os moradores fumantes dos 10 andares vinham "pitar". Considerando que fumar é o esporte preferido (depois do hockey no gelo) do povo desta cidade, bastava abrir um tiquinho da janela para o cubículo ser empesteado de fumaça. E se deixasse a janela fechada morreria sufocada e de calor. Uma beleza.
Reclamei logo na primeira noite com a empresa que administra estes studios, o pessoal da Studio Meuble Montreal. Graças ao bom Senhor eles disseram que poderiam me arrumar outro studio num andar mais alto, no mesmo prédio. E o dia foi hoje! Este que estou agora é no sexto andar, e incomparavelmente melhor! :-)
Até tirei fotos, pois agora vale a pena. Ou seja, é bom negócio alugar com eles - para quem precisa de um lugar mobiliado numa localização fantástica (10 minutos porta a porta do MNI, 3 quarteirões de 2 supermercados grandes, 10 minutos do metro McGill, dos shoppings Eaton Centre e Promenades Catedrale, etc...), mas o importante é saber exatamente qual studio eles estão oferecendo. Ver antes é sempre o melhor negócio. Pena que é tão caro.
Fico aqui até o fim de agosto e então me mudo para Verdun, o bairro que mais adoro em Montreal! Vou morar no apartamento do Luciano, do ladinho do Douglas Hospital. Vai ficar um pouco longe do MNI (uns 45 minutos de ônibus fácil) mas o lugar vale muito a pena. É de frente para o Rio Saint Laurent e do parque George O'Reilly, espaçoso, mobiliado com design escandinavo (Ikea), um sonho!...
Assim que eu gosto, só melhorando!
Abaixo, fotos da nova kitchi e um pouco do verão montrealense.


Montreal, julho2010

sábado, 24 de julho de 2010

Burger King: amo muito tudo isso!


Pode parecer herético colocar o slogan do McDonalds no Burger King mas... não tem como não gostar do Burger King, especialmente aqui, com preços maravilhosos, e com a minha promoção favorita, o Burger King of the day:

Adoro o de domingo, o de segunda, o de quarta então... o de sexta inclusive foi meu almoço... Enfim, todos são ótimos. Só não dá para ir na quinta-feira pois o negócio é tão picante que faz sair lagriminhas dos meus olhos. Mas para quem gosta de uma pimenta, é um prato cheio.
Se voce quiser o combo (que aqui chamam de trio) do sanduíche do dia + bebida (refrigerante/suco/ice tea/root beer (consulte meus posts antigos para saber mais sobre esta bebida fascinante)/fruitopia [http://en.wikipedia.org/wiki/Fruitopia]) + batata frita ou onion rings fica tudo em felizes 4.96 CAD$, já incluindo taxas/impostos.

Três observações importantes:
1) todos os preços anunciados na America do Norte - seja em sites, propagandas, lojas, etc - são preços SEM impostos. Com raras exceções (em alguns itens de supermercado), tudo o que você comprar terá no preço final a adição de impostos locais. E aqui, TODOS pagam impostos. No estado do Quebec, a tudo o que você comprar então serão adicionados os únicos dois impostos existentes pra itens de consumo (no Brasil pagamos dezenas e nem sabemos, pois não vem discriminado na conta): o imposto do Governo Canadense (no valor de 5% da compra) e o imposto do Estado do Quebec (no valor de 7,5%), ou seja, num produto de 100 dólares, você vai pagar no caixa 112,50 dólares.
2) Nos Estados Unidos, praticamente todos os Burger Kings e McDonalds tem free refil de bebidas. Aqui em Montreal não. Basta ficar atento: se a máquina de refrigerantes estiver para dentro do balcão de atendimento, não é free refil. Fácil né! Daí você terá que se contentar com seu copinho de "apenas" 500 mL de refrigerante, que é o tamanho P daqui.
3) O cotonete daqui é horrível. É como se você resolvesse pegar um palito de dente Regina, envolvê-lo com uma quantidade ridícula de algodão e enfiar no ouvido: morte certa! Ou seja, traga na mala milhares de cotonetes fofinhos do Brasil.

É isso. Num outro momento falarei de mais coisas maravilhosas daqui como iogurte de blueberry, bagels quentinhos com cream cheese e Haagen-Dazs de doce de leite. Agora vou trabalhar.

segunda-feira, 19 de julho de 2010

No mundo de Snoopy



Sabe quando aparece um adulto falando com o Snoopy e seus amiguinhos humanos no desenho animado?
É exatamente o que eu ouço todos os dias ao sair nas ruas de Montreal...
No ônibus é pior ainda, o efeito se amplifica.
De resto, chuva, calorzinho, bastante trabalho e vontade de ir embora.
Em setembro devo me mudar para um lugar (espero que muito) melhor do que este que estou agora. Mais uma vez, uma lembrança vital: nunca feche negócio antes de ver/testar o produto.

Why can't we get all the people together in the world that we really like and then just stay together? I guess that wouldn't work. Someone would leave. Someone always leaves and then we have to say good-bye. I hate good-byes. I know what I need. I need more hellos.
Charles Schulz
Snoopy in Peanuts

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Encantada!


O inacreditável aconteceu: resolvi 3 grandes problemas burocráticos numa só manhã. Sim, eu disse numa só manhã.

Detalhemos então os objetivos e o que aconteceu. Precisava de 3 coisas:

1) Ir até o escritório do governo canadense denominado “Canada Service” na 200 René-Levesque Boulevard para me inscrever e obter meu Social Insurance Number; horário de funcionamento do local: das 8:30 as 16:30. Previa algo como o nosso bom Poupatempo.

2) Ir até o escritório do departamento de saúde do estado do Quebec denominado “Régie de l'assurance maladie du Québec” na 425 Maisonneuve Ouest para me inscrever e obter meu Medicard/Health Insurance; horário de funcionamento do local: das 8:30 as 16:30. Previa algo como o nosso terrível SUS.

3) Ir até o Royal Bank of Canada na Avenue du Parc e abrir uma conta o mais simples e isenta de taxas possível, considerando que não tenho endereço fixo, não tenho histórico de gastos no Canadá e sou estrangeira; horário de funcionamento do local: das 9:00 as 16:00. Previa algo como o nosso razoável Banco do Brasil.

Imaginei que isso me tomaria o dia todo, e mais talvez a manhã de amanhã. Saí do hotel às 7:30 e passei no Tim Hortons para tomar um café e um iogurte com strawberry, blueberry, cranberry, raspberry e blackberry (3.44 CAD$ - que roubo! Amanhã vou no McDonalds pegar um café e um muffin por 2 dólares).

Resolvi seguir a ordem que descrevi acima, já que sem o número do seguro social não se faz cartão de atendimento médico nem se abre conta em banco. Caminhei cerca de 1,5 Km e cheguei ao Canada Service 15 minutos antes do horário de abertura. Minha nossa, que lugar lindo, cheio de portas e paredes em vidro! Veja abaixo que o Poupatempo ainda tem muito o que aprender, tanto em aparência quanto em eficiência e atendimento.

Cerca de já 10 pessoas aguardavam em fila a abertura da porta de vidro. 50% muçulmanos, 30% indianos e 20% outros. 5 minutos antes da abertura vi que os funcionários já se dirigiam a seus postos e 3 deles se posicionaram próximos à porta. Exatamente às 8:30 um senhor abriu a porta e fez aquele cerimonial gesto com a mão de “pode entrar, seja bem vindo”. Ele e mais 2 funcionárias, após um sorridente bon jour direcionaram um a um dos que estavam na fila para a seção desejada (este local faz trocentas coisas mais além do Social Insurance Number). Na minha vez, 57 segundos após a abertura das portas, fui apresentada a Evelyn, que foi minha atendente oficial. O atendimento durou pouco mais de 15 minutos, que passaram rápidos como num bate-papo de amigos. Ela levantou todos os meus dados, digitou com rapidez, não errou meu sobrenome e enquanto digitava os formulários preenchia o tempo com comentários alegres sobre a temperatura e a cidade, perguntando sobre as praias do Brasil, e dando graças a Deus que o verão em Montreal era curto, senão toda a economia do país estaria perdida, pois nesta época todos ficavam exauridos, resfolegantes e improdutivos com o calor terrível e a alta umidade. Eu rí, e todo o universo fez sentido para mim por alguns instantes.
Próximo passo, “Régie de l'assurance maladie du Québec” no terceiro andar deste edifício na 425 Maisonneuve Ouest. Local não tão bonito por dentro, bem mais cheio de gente mas extremamente eficiente por conta de um sistema de senhas rápido e atendentes capazes.

Fiz cadastro inicial, entrevista, tirei foto para o cartão e recebi meu formulário em cerca de 30 minutos. Pronto! Próximo passo, Royal Bank of Canada.
Você, brasileiro, já viu um banco sem filas? Eu também não conhecia, esta foi a primeira vez. Cheguei e a recepcionista (sim, acredite) deu-me boas-vindas sorridente e perguntou em que ela poderia me ajudar. Eu disse que queria abrir uma conta. Ela anotou meu nome completo (sem errar!) e me pediu para aguardar 10 minutos numa área de sofás. Sentei-me e 5 minutos depois um moço chamou-me de Senhorita “meu sobrenome” (de novo, sem errar!!) e convidou-me para acompanhá-lo a sua sala. Ofereceu-me água e me informou que toda nossa conversa e qualquer dado que eu fornecesse seria mantido confidencial e que o Royal Bank of Canada (RBC) não compartilhava nada com nenhum outro banco nem com a torcida do flamengo. Que coisa bonita de se falar e ganhar automaticamente a confiança total e irrestrita da pessoa. Genial!

Resumindo, Jan (nome do meu personal gerente RBC) passou 1 hora e 40 minutos inteiramente dedicados a minha loira pessoa. Explicou-me em detalhes íntimos TODOS os tipos de conta disponíveis ao meu perfil de limite de movimentação finaceira, explicou-me o porque de cada item que poderia gerar taxas extras e me informou TUDO o que estava incluso ou não na conta indicada ao meu perfil (basic account ou conta de pobre). Ele também me ensinou como entrar e operar via RBC online banking. Entendi em profundezas inimagináveis que checking account é como uma conta corrente e savings account é como uma poupança. Sei de TODAS as taxas adicionais que posso pagar caso ultrapasse um determinado número de movimentações financeiras, ou se sacar fora de um caixa do RBC e até sobre coisas que nem vou ter, como cheques em papel.
Sou cliente do Banco do Brasil há mais de 10 anos e sabe quando alguém me falou em valor de tarifas extras, o que cobra e o que não cobra, ou mesmo valores de taxa bancária mensal sem que eu precisasse perguntar mais de uma vez? NUNCA.
Também ganhei um cartão dele com 3 telefones e uma pasta contendo por escrito tudo o que conversamos. Jan Sauvé-Frankel, the best account manager that I ever met!
Tudo isso numa manhã. Almocei no St. Hubert (coleslaw, canja [que eles chamam de rice soup] e chicken salad: 6.49 CAD$) e agora a tarde vou estudar para no fim do dia ir para o MNI.

E não é que isso está indo bem?! A teoria ludmyliana comprovada do dia é: verão (pelo menos o daqui) faz bem para o psiquismo.

Verão em Montreal


Voltei. Agora no verão. Bem mais alegre (e claro, quente) que no outono-inv(f)erno.
Estou provisoriamente no Hotel Quality Downtown, este da foto aí de cima. Simples, limpo, confortável e com bom preço. E o chuveiro é um sonho!
A viagem foi bastante cansativa, mas o serviço da Air Canada é muito bom. O que tomou um tempo gigantesco foram as filas idem em São Paulo: fila no check in em Guarulhos (2 horas); fila para a área de embarque (1 hora); fila para alfândega brasileira (1 hora). Ainda bem que fui com muita antecedência para o aeroporto, pois mal tive tempo de ligar para os meus pais e já estava na hora de embarcar. Talvez os fatores férias escolares + fim de semana também tenham ajudado. Ou seja, para quem for viajar neste período, vá com umas 5 horas de antecedência para o aeroporto nacional, e reserve pelo menos 3 horas de intervalo para escalas internacionais. Na escala em Toronto resolvi tudo (alfândega, setor de imigração, pegar malas, despachar malas de novo) em 2 horas e meia - isso porque corri muito e estava entre as primeiras da fila.
Enfim, ontem fui dormir as 6 da tarde em hora local (7 da noite no Brasil). Acordei antes das 2 da madrugada por alguns momentos mas depois voltei a dormir até agora a pouco, 6 da manhã.
Ah! Como amanhece cedo! Creio que amanheceu por volta das 5. Super cool.
Hoje tenho que resolver trocentas coisas burocráticas e lá pelas 18:30, 19hs, reunião com minha supervisora. It's gonna be a long day.

segunda-feira, 31 de maio de 2010

Poema interpretado pelo meu pai

Meu pai fez esta gravação antes do meu nascimento.
Só adicionei um fundo musical e coloquei no Youtube.
Altas recordações da minha infância e das inúmeras poesias lidas por ele...

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Missing True Blood/ Sookie stories

A música é meio pauleira, mas traduziu completamente o "espírito" da coisa...



E claro, a música de abertura da série é um perfect match!




Como não podia deixar de ser, a pergunta que não quer calar: Sookie vai escolher Bill ou Eric?
Abaixo, material para avaliação dos candidatos ao amor de Sookie.


Eric Northman:




Bill Compton:


domingo, 3 de janeiro de 2010

Algumas coisas vitais

Tem coisas que não dá para viver sem. Por exemplo, comida. Trabalho (ou objetivo). Dinheiro.
Nunca parei para enumerar todos os itens que me seriam vitais. Mas sei que romance, jazz e cinema também entram na lista...