sábado, 21 de agosto de 2010

Coisas que eu adoro e não adoro de jeito nenhum em Montreal

Vamos começar com as coisas boas... Acho que a maioria tem a ver com comida, como legítima apreciadora da boa mesa (e de porcarias também).

  • Häagen Dazs (sabor Dulce de Leche). Sim, também tem no Brasil, mas aqui custa 5 dólares, e no Brasil quase 20 reais, ou seja, aqui posso me jogar de cabeça e sem dor no bolso.
  • Bagels quentinhos com cream cheese... Por aqui são muito famosos os da Fairmont, e os da St. Viateur.
  • Yogurte de blueberry; geléia de blueberry; tudo de blueberry.
  • Panquecas doces com mapple syrup.


  • Restaurantes no shopping com enorme variedade, grandes porções e bons preços, como por exemplo um prato excelente de origem grega chamado Souvlaki.


  • Claro que não poderia deixar de citar o Poutine! O tradicional é uma porção de batata frita cheia de um queijo branco suave coberta com molho parecido com o madeira. As versões mais elaboradas, que eu prefiro, normalmente tem também carnes diversas. Uma maravilha!


  • Saindo do tópico comida, o transporte público aqui é muito bom.
  • Outra coisa é a segurança; acho mais seguro caminhar por aqui do que por Ribeirão Preto.
  • Há vários parques lindo por aqui, mas um dos mais imperdíveis é o Parc Mont Royal. Conheci-o no inverno, e agora no verão assustei-me com a inacreditável diferença. Absolutamente tudo o que era branco tornou-se verde. Muito bonito! Espero registrá-lo este ano também no outono (que ano passado praticamente não existiu, de tão rápida a transição entre calor e frio).

  • O trabalho. Apesar do clima de concorrência fortíssimo e da alta exigência, é bom estar num lugar onde tenho oportunidade de trabalhar com coisas que mal existem no Brasil.
  • O verão e o outono.

Agora o que é duro de aguentar:

  • Fins de semana. Porque tenho que inventar o que fazer, e ficar absolutamente sozinha o tempo todo não é tão fácil. Normalmente acabo trabalhando, lendo ou vendo seriados no computador. Ou indo a algum supermercado ou shopping. Ou caminhando em algum parque. Ainda não tive disposição para ir conhecer os pontos turísticos da cidade.
  • Os quebecois. Eles são grossos, mal-humorados, não respondem a sorrisos, normalmente só falam francês e te olham com desprezo se você fala em inglês. O restante da população local, como muçulmanos, judeus ortodoxos, indianos e orientais não se mistura muito, e entre eles parecem felizes e conversam em suas próprias línguas. Ao passar por eles sinto-me como uma criatura completamente invisível. Talvez seja apenas o jeito de ser das pessoas... Eu provavelmente estou me sentindo apenas solitária e com "Síndrome do Estrangeiro" ou algo parecido.
  • O inverno. Claro que eu adoro neve, mas passar meses abaixo de zero e com a noite caindo as 3 da tarde não é fácil. Principalmente quando o "abaixo de zero" significa de menos 20 pra pior e com um vento lancinante.
Enfim...

sábado, 7 de agosto de 2010

Linha verde x linha laranja do metrô de Montreal

Acordei bem cedo hoje, tomei café, e após lavar e secar minhas roupas nas máquinas a base de moedas do prédio (1.50 CAD a lavagem ou secagem) fui em direção à estação de metro McGill (meguíííle, em francês). São uns 4 quarteirões de distância. A manhã estava bem fresquinha (15ºC), e com o tradicional vento insuportável de pelo menos 30 Km/h que não pára de soprar nunca nesta cidade. Sem surpresa, vi incontáveis malucos fazendo sua corrida matinal. Estes mesmos indivíduos fazem sua corrida matinal inclusive em dezembro, quando está nevando até falar chega e a temperatura máxima é de menos vinte graus. Putz... :-\
Pausa para um comentário importante: hoje não vi ninguém semi-nu pelas ruas, que é o que costuma acontecer quando a temperatura está maior que 25ºC. Meninas de todas as idades (sim, mesmo as senhoras de mais de 50 anos) colocam shortinhos, vestidinhos ou saias cujo limite de comprimento é o útero; alguns senhores colocam suas camisas temáticas "Elvis no Hawaii", todos colocam chinelos, e assim invadem o espaço público, como se estivesse mesmo calor. Não esquecer que aqui venta. Sempre. Penso que ninguém sobreviveria no Brasil...
Retomando... Peguei o metrô na McGill Station, na chamada linha verde. Clicando na foto abaixo você poderá ver a figura ampliada de forma a apreciar o nome das estações (que aprendemos a pronunciar em francês na marra, graças ao sistema de som que canta o nome das estações ao parar nelas). O sistema de metrô de Montreal é bem grande, e funciona muito bem. Em horários de pico a espera média entre um metrô e outro é de 3 minutos, e aos fins de semana, quando a frequência é menor, chega a no máximo 10 minutos de espera.


Nos pontos onde uma cor se encontra com outra, são estações nas quais você pode mudar de linha. Como eu ia ao WalMart próximo a estação Namur, fui da estação McGill até a Lionel-Goulx, passei para a linha laranja e desci na Namur.
Uma coisa que dá para notar bem rápido é que na linha laranja há pessoas menos bonitas que na verde. Talvez porque a linha laranja passe por mais bairros com menor poder aquisitivo do que os da linha verde. Não posso opinar sobre a linha azul, pois ainda não conheço essa região.
Conheço o WalMart que fica próximo a estação Angrignon e este da Namur, e posso dizer tranquilamente que o WalMart da Namur é mais feio, maior, com corredores mais estreitos, mais cheio, tem mais opções e preços ainda melhores. E nos arredores do WalMart da Namur existe um belo aglomerado de outlets, além de Wendy's, Burger King, McDonalds, Subway, etc. Ou seja é um lugar que vale a pena ir se você quer bons preços.
A região de Angrignon é bem mais agradável do ponto de vista estético, tem muitos aposentados morando por lá e frequentando o shopping homônimo local, que tem Sears e uma praça de alimentação bem sortida, além de WalMart, Canadian Tire (ótima unidade, enorme!) e Future Shop (odeio esta rede). Outro ponto bonito da área é o Parc Angrignon, abaixo:


Namur, é mais cinza, com cara de área industrial, e com uma via expressa cortando o caminho entre a estação de metrô e as áreas de compras. Um perigo atravessar a Decarie Boulevard, muita atenção aos sinais de permissão para pedestres e faixas próprias para atravessar.


De volta ao metrô, pode acontecer de algum artista estar tocando ao vivo música clássica, ou como estes que achei gravação no YouTube, tocando uma excelente música judaica. É bonito de ouvir, mas sempre fico deprimida ao me deparar com estes artistas. A maioria toca muitíssimo bem, e é triste vê-los tocando para um público as vezes indiferente, e para ganhar algumas moedas...
O sistema de transporte de Montreal é excelente, e dá gosto ver as pessoas lendo no ônibus, no metrô, nas estações... É um clima bem tranquilo, sem aquele medo de assalto ao estilo paulistano. Os trens do metrô são antigos, mas li uma reportagem que relata uma troca total para logo (data indefinida).


Caso seja preciso pegar um ônibus, fique atento aos horários, pois atrasos são raríssimos. Há muitos pontos e muitas linhas, e todas as rotas e horários estão disponíveis no site da STM (http://www.stm.info/english/a-somm.htm).


Uma coisa que acho genial aqui também é o sistema do Opus Card, um cartão magnético que você recarrega com passes válidos para a semana (de segunda a domingo, 21.50 CAD), ou para o mês (1 a 31, 70 CAD). Dentro da semana ou mês para o qual você "abasteceu" seu Opus, é possível pegar quantos ônibus ou metrôs você quiser. Fantástico! Em toda entrada de ônibus ou estação do metrô há um leitor magnético para você passar seu Opus Card e liberar sua passagem. Este cartão pode ser comprado em farmácias como a Pharmaprix ou em qualquer estação de metrô por 7 dólares canadenses, e recarregado quando necessário nestes mesmos locais.
Pois é, tem muita coisa interessante por aqui.